Conquistar a capacidade de estar a sós sem se sentir solitário é um desafio. Como Encarar a Solidão!
Solidão: Como encarar a Solidão! Oi tudo bom contigo? Vim falar com você hoje sobre a melhor idade, aqueles que se sentem tão solitários. A dependência de sentimos em relação ao outro e inevitável. Partindo de uma condição absoluta de dependência física, quando bebe, até a conquista da independência, que nunca será total, ocorre uma longa jornada de aprendizados emocionais.
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E para obter tal independência, é importante desenvolver a capacidade de estar só...Segundo D. W. Winnicott- psicanalista que estudou as relações entre a mãe e seu bebê, se a criança consegue preservar, no seu mundo interno, os cuidados, carinhos e demais experiências vivenciadas com a mãe, sem perder a conexão com a realidade externa, isso é um sinal de amadurecimento. Essa maternagem gradualmente introjetada servirá de conforto nos momentos de solidão real.
Essa capacidade se baseia em paradoxos da primeira infância: estar sozinho em presença da mãe ou estar a sós sem sentir solitário. Tais conquistas constituem um poderoso recurso afetivo, por que auxiliam a tolerar os momentos de ausência dos entes queridos e a solidão. As lembranças impedem o sentir-se solitário e acalentam os momentos difíceis de saudade.
Falhas na construção
A necessidade de desenvolver tais sentimentos não ocorre só com as crianças, mas em todas as etapas da nossa vida. Porém, é na infância e no envelhecimento que os indivíduos se tornam mais suscetíveis a padecer de solidão, porque existe maior dependência e muitas limitações.
Quando houver falhas que incapacitam a construção de um espaço interno cheio de recordações afetivas, de memórias das vivências felizes, somado ao fato de a pessoa estar passando por situações de isolamento ou frustrações constantes, ausências prolongadas e pouco contato com os parentes e amigos, um processo de isolamento com intensos sentimentos de solidão pode se iniciar.
Relações de dependência
A solidão, uma das principais queixas manifestadas no envelhecimento, e descrita a partir
De um vazio interior devido à ausência de recordações que possam servir de consolo. Não existe nada que possa acalmar a angústia árida e os sentimentos de abandono. Como descrevia uma senhora, "a solidão é algo que dói". As pessoas que sofrem de solidão geralmente mantêm relações interpessoais caracterizadas pela predominância dependência emocional adesiva e, em muitos casos, com o uso abusivo de medicação e outras adições secretas como objetos de conforto.
Em tais relações, os parentes, amigos e atendentes são utilizados para acalmar a sensação de ansiedade intolerável oriunda de um persistente sentimento de solidão. As expressões: “Sinto-me só, estou só, meus filhos e netos não ligam pra mim, tenho medo da solidão", aparece com frequência no pensamento de adultos maduros.
Segundo o trabalho clínico que é feitos com pessoas solitárias é observado que, ao mesmo tempo em que apresentam uma extrema dependência de seus familiares, existe uma relação inconsciente de exploração e abuso em ambas as direções (o idoso para com os filhos e os filhos para com os pais), numa compulsão de consumir, incorporarem ou controlarem-se mutuamente.
Dessa forma, vão se estabelecendo laços especiais, intensos, exclusivos, amorosos e despóticos entre esses parentes, que impedem a construção de um bom convívio, com recordações positivas que sirvam para amenizar o sofrimento nos momentos de solidão real e de lutos.
A presença, por exemplo, tão desejada e temida dos filhos e netos, por vezes é idealizada, odiada e amada e, não raras vezes, acaba por tornar-se uma relação passional e de dependência e fascinação e também de temor e submissão. A esperança de poder acalmar a angústia, satisfazer os desejos de carinho e amor, acalmar as necessidades de companhia e compreensão falham, e o adulto maduro se sente extremamente só na presença de seus familiares.
Modelo de autonomia
Por outro lado, existem aqueles que aprendem a evitar a solidão e, com o passar dos anos, acompanharam-se a si mesmos com serenidade e autovalorização. Por isso, a vida relacional foi se tornando simples e gratificante. Aprenderam a conquistar seu espaço com sossego e calma e a exigirem de seus filhos e netos respeitos aos seus momentos de descanso, aos seus hábitos e suas verdades. O autodomínio resultante desse trabalho sobre si vem permitindo encarar com brio as diversas vicissitudes da vida afetiva, profissional, familiar e social.
Ao entenderem que é sábio não se atirar á primeira mão que se estende para acalmar as ansiedades resultantes das mudanças e verdades nessa fase, demarcam uma linha entre os seus limites e a preservação da própria autonomia. Ser consciente de seus desejos não impede avaliar melhor as escolhas para não abandonar os propósitos. É uma forma de construir um modelo positivo de quem procura de maneira independente encarar os momentos solitários sem ansiedades excessivas e medos, mas irradiando um modelo de autonomia, alegria, dignidade e liberdade interior para seus descendentes.
É através dessas projeções de modelos e das introjeções da admiração e do respeito recebido que um adulto maduro se mantém acompanhado, mesmo na ausência física de seus entes queridos. Com certeza, num clima de muita liberdade afetiva, alegria e bem-estar alcançado, a vida se torna plena e o envelhecimento, livre dos imperativos socioculturais e de uma dependência patológica dos familiares.
Estes, muitas vezes, se rebelam contra as escolhas e decisões de seus idosos por entenderem que a adesividade com que se relacionam é um sinal de fragilidade e incapacidade. Por tudo isso, a audácia de movimentos, conquistas e descobertas de novas gratificações, nessa fase, quando fundamentada na saúde emocional, na independência afetiva pode se tornar um reinado, mesmo com momentos de saudade, mas nunca de solidão.
As vezes estamos rodeados de pessoas e nos sentimos sozinhos, e pode ocorrer o inverso, por vezes precisamos de um tempo a sós, para auto-conhecimento e preserservação de sí mesmo. Beijos.
ResponderExcluirQ lindo blog, tou seguindo. se puder vsita o meu e se gostar siga! Sucesso! bjs
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